segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Botando na balança 2011 - a vez da web

O post anterior coloquei aqui uma breve retrospectiva musical do que eu achei que rolou de melhor em 2011. Agora vamos falar da web e de um pouco do que rolou de bom e de ruim durante este ano. Digamos que foi um ano de extremos: vimos o Facebook virar a rede social queridinha do Brasil e acabar Orkutizadae a tentativa fracassada do Google de competir com o Google+. Teve muita polêmica na rede, viral grudento e também coisas muito interessantes.
Vou começar pelo Twitter, que acaba o ano de escanteio depois da alavancada que seu amigo Face deu por aqui.
As mais mais do Trending Topics 2011: As hastags compartilhadas criaram muita polêmica na rede social do passarinho azul. #SandyFacts: quem é que não lembra da entrevista da cantora Sandy à revista Playboy e toda a polêmica gerada com suas declarações sobre sexo?
Todo mundo sabe que brasileiro adora futebol, não é mesmo? Mas o ano foi mesmo do grandalhão que bate forte e fala fino do #UFC #AndersonSilva.
Ainda no esporte, a Copa do Mundo ainda está nos preparativos, mas os escândalos envolvendo o presidente da CBF lhe renderam a hastag #ForaRicardoTeixeira.
Também lá de Guadalajara e sem passar na Globo, o #PAN foi durante 15 dias presença constante nos assuntos mais comentados.
As declarações bastante preconceituosas e se assumindo preconceituoso SIM, fizeram do deputado paulista #BOLSONARO um dos temas de maior repercussão na web. Da mesma forma, temas ligados a marchas, como a #MarchaDaLiberdade também figuraram pela rede.
Esse também foi o ano da galera mostrar seu lado poético até dizer basta de tanto escrever, conhecendo ou não, frases do Jornalista Caiu Fernando Abreu e da poetisa Clarice Lispector.
É, o Facebook se tornou popular e criou modinhas que começam a incomodar. Quem é que nunca viu ou usou nas suas mensagens nos perfis relacionado aos memes? Pra quem ainda não ligou o nome à pessoa, são aquelas carinhas desfiguradas que geralmente são acompanhadas de algum bordão, como 'vem gente', 'fica que vai ter bolo', 'todos chora' e por aí vai.
Você também deve ter visto circular pela web os vídeos de links da Globo atacados pelos caras da TV Merd. Eles conseguiram chamar a atenção. E também a moça Daniela Albuquerque contando como descobriu seu talento para o jornalismo em uma caixa de Toddy.
E os vídeos e virais, hein? Bom, elegi aqui os cinco virais do ano. Dois deles gosto muito, já os outros...
1- Nissan e os pôneis malditos: Tenho certeza que você também cantarolou a musiquinha dos pôneis rosinhas.

2- Bons drinks. Quem não viu Luiza Marilac na sua piscina tomando seu bons drinks?

3- E o menininho do Pintinho Piu, que virou febre e tem tudo pra sua musiquinha virar hit do verão não podia faltar por aqui.

4- Uma das peças mais bonitas e bem boladas do ano que eu vi foi a da Vivo com a música do Legião Urbana Eduardo e Mônica.

5- E Oração com a banda mais bonita da cidade caiu nas graças da galera, ganhou versões e mais versões, mas a original é muito bem bolada.

Por fim, vou assumir a responsa e eleger o mashup do ano! Nossa presidenta Dilma foi colocada ao lado dos rapazes do Sistem of a Down pra cantar uma versão mais do que politizada de Chop Suey. Aí já viu né, viral na certa!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lembrando o que me tocou em 2011


Fim de ano é tempo de relembrar o ano que tá indo embora, né? Então lá vai um top 15 (?) musical do que mais tocou no meu Last FM, Media Player, Ipod e etc.
Digamos 2011 não foi lá um ano completo, mas em se tratando de música, ótimos discos foram lançados e são deles que irei falar aqui.
1- Vou começar pelo mestre Djavan e o álbum Ária, que foi lançado em 2010, mas que curti bastante durante todo o ano. Particularmente acho um trabalho completo, como remete o nome, e quem teve a oportunidade de conferir o show sabe bem do que eu falo. Destaco a segunda faixa 'Disfarça e Chora'.
2- Vanessa da Mata e sua doçura traduzida no álbum Bicicletas, Bolos e outras alegrias não poderia deixar de estar aqui. Entre tantas músicas que gosto, vou destacar 'Vê se fica bem'.
3- Outro que veio de mansinho e com sua música conquistou seu espaço foi Marcelo Jeneci. Cara parceiros de grandes nomes da nova MPB, Jeneci consegue te envolver com suas canções. 'Felicidade'  é auto explicativa.
4- Muito esperado pelos fãs, Marcelo Camelo em Toque Dela mostrou que pode se virar sem seus Hermanos e fazer a cabeça da galera. Gosto muito de 'Ôô'. O clipe é lindo!
5- Sabe o ditado filho de peixe, peixinho é? Encaixa-se perfeitamente em Anelis Assumpção. Filha do talentoso Itamar Assumpção, Anelis é performática. Ex integrante do grupo Dona  Zica, onde compartilhava os vocais com Talma de Freitas, Andréa Dias e algumas participações de Tulipa Ruiz, Anelis trouxe em seu disco algumas músicas de Dona Zica e outras composições novas. Digo que foi um dos melhores lançamentos do ano. 'Neverland' consegue me tirar do chão.
6- Garotas Suecas. Eleita revelação no VMB faz jus e vai além dos prêmios. Um som com uma pegada retrô mas muito legal é 'Tudo Bem' .
7- Os últimos lugares no ranking vou deixar para bandas do Nordeste. Começo por Wado, que enveredou pelo samba, mas ainda é possível sentir seu manifesto da arte periférica. Samba 808 consegue reunir de forma harmônica grandes participações, é dançante e gostoso de se ouvir. Ultimamente 'Não pára' não sai da minha cabeça.
8- Depois de deixar Cordel do Fogo Encantado Lirinha virou só Lira e mostrou porquê é um dos grandes nomes da música pernambucana. Digo que seu álbum intitulado de Lira tem um quê da psicodelia nordestina. Traz também uma parceria linda com Fábio Trummer, vocalista de Eddie, em 'Ela vai Dançar', que me arrepia toda vez que ouço.
9- Aqui na pontinha, os pernambucanos de Eddie, que fazem um som fantástico e arrebentaram com seu som convidativo a um passeio à beira mar, lançaram Veraneio. Um pouco diferente que o álbum anterior, Carnaval no Inferno, tem tudo para embalar o carnaval nas ladeiras de Olinda e no Mercado Eufrásio Barbosa. 'Veraneio', que é título do novo trabalho te faz sentir a brisa no rosto de um fim de tarde na praia.
10- Por fim e não menos importante, em 2011 também tive o grande prazer de conhecer o som dos Acreanos do Caldo de Piaba.  Mistura dos ritmos regionais do Norte é uma puta banda! Dexavi é uma prova de que as periferias do Brasil produzem som e de ótima qualidade.
Trocando de idioma, vou elencar aqui alguns sons internacionais que me surpreenderam neste ano:
11- Seguindo a ordem vou colocar aqui o I'm With You dos californianos do Red Hot Chili Peppers. 'Factory of Faith' é uma daquelas que onde quer que você ouça irá conhecer os acorder de Flea e a voz de Kieds.
12- A britânica Adele, apontada como sucessora de Amy Wynehouse foi uma que ganhou força depois da inesperada morte de Amy. Não poderia deixar de não falar de 'Someone Like You'
13- Os garotos malucos do Arctic Monkeys conseguiram me provar que ainda é possível sonhar com rock. Vi isso em Suck it and See. Vou dar destaque para 'Brick by Brick' com seus acordes altos sem desdenhar das demais que super merecem serem escutadas.
14- Sabe aquela mistura que você jamais daria um centavo de que daria certo? Foi bem isso que eu pensei quando vi o anúncio de Joss Stone, Mick Jagger, Dammiam Marley, Dave Steawart e A. J. Rahman. Pois bem, o SuperHeavy surpreendeu pela consistência e capacidade de juntar tanta gente heterogênea cantando junto. 'Miracle Worker' é o exemplo dessa mistura que deu certo.
15- Por fim Deixo vocês com Amy, que se foi e deixou um repertório fantástico. Afinal de contas, bem que podemos dizer que o ano foi dela! 'You Know I'm No Good'.
E vc? O que ouviu durante 2011?

domingo, 18 de dezembro de 2011

O poder de uma rede social num quase admirável mundo novo


Não é nenhuma novidade eu dizer que verdadeiras revoluções sociais contra regimes políticos etc e tal nos últimos tempos tiveram início nas redes sociais, não é mesmo?
Bom, mais uma vez as redes sociais realizam um trabalho múltiplo: antecipam os fatos, organizam manifestações e mostram uma comunidade virtual engajada com questões sociais.
Num domingo ensolarado e convidativo á uma praia, um dos assuntos mais comentados em  mensagens via Twitter, Facebook eram relatos e afins sobre um 'arrastão' pelas ruas do Centro da capital, seguido das informações compartilhadas rapidamente dos sites com as últimas notícias sobre o que realmente estaria se passando ou o que seria verdade sobre o fato.
O que realmente me motivou a abrir meu blog para a discussão foi a rapidez da organização de mais um ato público contra a violência no estado, marcado para esta semana e a união (se assim posso dizer) dos internautas para relatar o tal ouvi dizer, o que foi visto, as respostas vindas do governo e as réplicas nada favoráveis dos conectados.
Fiz o teste de não abrir nenhum site e tentar me informar apenas pelas redes sociais e entrei no turbilhão de fatos que eram jogados na rede em fração de segundos. Pensei e fui induzida à reflexão sobre o grau de insatisfação e vontade de fazer justiça que move toda uma sociedade.
Em outras oportunidades vivenciei indignações mas não tão latentes como vi hoje ao longo do dia. De tudo isso, afirmo duas coisas: a primeira é do extremo cuidado em creditar valor a tudo o que se lê em uma situação destas de atos de violência, que em certos momentos dá a sensação de 'inferno instaurado'.
A segunda se refere ao fato de reflexão que todo esse 'buruçu virtual' causou ou levou. Lendo os posts pensava na intensidade de se discutir e fazer politicagem num ambiente virtual e todas as suas consequências. Me lembrei nessa hora de Aldous Huxley e seu admirável mundo novo, onde ele discutia a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado. Numa lógica não muito clara, talvez faça bastante sentido associar a violência, a revolta nas redes sociais e a onipresença do poder público com os fatos.

*Imagem do Google

domingo, 4 de dezembro de 2011

Aluga-se, briga-se por uma terra


É sempre bom levantar  a bandeira por uma boa causa, né? Foi com essa aparente intenção que 'artistas' se juntaram contra a construção do conjunto de hidrelétricas de Belo Monte nos últimos tempos.
Particularmente desconfio das 'boas' intenções dessa galera e de boa parte da mídia para tentar salvar a nossa Amazônia.
Pois bem, fuçando na internet achei um outro vídeo, feito por um grupo alternativo, o Catarse - sem muita grana no bolso para bancar estrelas, mas que é extremamente explicativo sobre os reais efeitos do empreendimento, os discursos de ambos os lados e a guerra já iniciada na tentativa de impedir efeitos desastrosos.
O pequeno filme ainda está em construção mas já consegue produzir efeitos questionadores, o que é positivo. Mesmo esse vídeo tendo um objetivo político e também midiático de querer arrecadar fundos para terminar o  trabalho, vale a pena assistir.
Bom, sem me alongar, indico para vocês também verem a situação por outro prisma, que já foi debatido e anunciado lá nos idos dos anos 70. Os versos de Raul Seixas de Aluga-se fazem bastante sentido aqui.
Bom, assistam, debatam, compartilhe.....

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Invadiram a nossa praia!


Sabe aquela música do Ultraje a Rigor 'Nós vamos invadir sua praia', que acabou virando hino dos farofas paulistas dos anos 80 que frequentavam as praias do Rio de Janeiro? É bem o que está acontecendo com o Facebook nos últimos tempos.
A rede social que tinha se tornado o refúgio daqueles que tentavam se livrar do Orkut, está aos poucos se tornando popular na imensa web. O resultado é a reclamação de boa parte dos usuários. A onda de popularização do Facebook começou com as frases/ pensamentos de famosos, aplicativos (Cittyville e tantas outros ambientes digitais que fogem da realidade) e agora as postagens de frases engraçadas, imagens de perfil típicas de 'garota da lage' (Sem nenhum preconceito! Cada um usa o que quer!) e até virús!
O fato é que o pedaço do paraíso chamado Facebook se tornou popular e já alcança a marca de mais de 1 bilhão de usuários pelo mundo. Toda essa gente é egressa de outras redes e trouxeram, digamos, seus costumes de onde vieram. Postar mais fotos, mandar mais mensagens de corrente de perfis espertinhos, mais publicidade, menos informação, menos 'cult'.
A nova realidade do Facebook é comum e irá atingir qualquer outra rede social que chegar a um número gigantesco de usuários como ele conquistou. Soluções? Migrar para outro nicho social? Não.
A questão é que conviver com tanta gente de pensamento diferente sempre dará nisso. Afinal, os ambientes digitais de relacionamento nada mais são que extensões da sociedade. O remédio então é se isolar?
Cabe a você decidir ou selecionar!

domingo, 30 de outubro de 2011

Na vez da moda: cita lá!


Moda é uma coisa que sempre vai acompanhar, influenciar e ditar os rumos nas redes sociais. Seja um vídeo viral, uma frase dita por uma celebridade ou algum evento.
A bola da vez é intelectualizar seu perfil com citações de escritores, mais especificamente Clarice Lispector e o polêmico Caio Fernando Abreu.
Os internautas adentraram no mundo complexo e às vezes introspectivo dos autores, extraindo trechos de livros para exemplificar as desilusões amorosas ou um momento de pura reflexão.
O que me chama a atenção e me motivou a botar a mão nesse vespeiro, são os números de postagens com citações dos autores.
Quer comprovar isso, vá lá em seu twitter, digite Caio Fernando Abreu ou Clarice Lispector na busca e veja o que se garimpa. Os resultados são os mais diversos, desde perfis, trechos de livros a frases anônimas atribuídas.
Óbvio que a grande maioria foi absorvida pela onda meio vintage de escrever poeminhas nos nossos diários (agora virtuais), desafogando as mágoas e sempre tendo em mãos o escudo literal, que agora foi transposto para as redes.
Absurdos tem aos baldes até o ponto de não saber que ambos já estão em outra dimensão! Pedir que os conectados saibam que Caio se inspirava em Clarice e tiveram pouco contato fica como uma provocação.
Eu admito que li poucos livros de Lispector e conheço pouco da carreira de CF, mas recomendo a todos os que se veem nas citações a buscar com mais profundidade o conhecimento no universo literal, não só deles mas de tantos outros. Garanto que os recortes terão mais impacto, além do que trarão uma outra visão e até quem sabe a possibilidade de produzir pós-conceitos.
A última dica que deixo (ou penúltima) é o livro de Paula Dip, 'Para sempre teu, Caio F.'
PS: Não tive a intenção de cutucar ninguém, apenas empurrar para o conhecimento, que vale muito.

sábado, 22 de outubro de 2011

Música para comemorar a música


Tem uma banda? Gosta de internet e de coberturas colaborativas? Pois bem, entre os dias 16 e 19 de Novembro em Arapiraca o ponto de cultura Corredor de Cultura em parceria com o Coletivo Popfuzz realiza a semana de Música de Arapiraca. O evento acontece na semana de comemoração do dia do músico, que acontece no dia 22 de novembro e nada melhor do que música e cultura para festejar.
A sacada está no fato das bandas alagoanas terem a possibilidade de se inscrever no evento para tocar e quem quiser participar da cobertura pelas redes sociais também.
Uma comissão irá escolher as oito bandas que irão tocar nos dias do festival e o convite para participar vai desde o forró ao rock.
Agora a galera que possui equipamento digital (máquina fotográfica, de vídeo, notebook, etc e tal) pode fazer parte da equipe que vai realizar a cobertura de todo o evento pelas redes sociais. É só mandar um email para corredorcultura@yahoo.com.br com seus dados para se candidatar à cobertura.
Uma chance ótima para quem curte compartilhamento de conteúdo e a vibe das coberturas colaborativas. Todos os informes serão por email e redes sociais, tanto o feedback com as bandas quanto com os inscritos para a cobertura.
Vale ressaltar o boom de Arapiraca para eventos culturais nos últimos, além de ser uma ótima oportunidade para as bandas locais mostrarem seu trabalho.
Quem quiser mais detalhes pode conferir no site http://tnb.art.br/oportunidades/semana-da-musica-em-arapiraca

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Jornalismo, espetacularização do fato ou as duas coisas?


Para quem acompanha os noticiários da Globo deve ter visto nos últimos dias a notícia de que o Jornal Nacional foi o vencedor do prêmio Emmy, que contempla os melhores  do jornalismo em todo o mundo. A cobertura da ocupação da Polícia Militar ao Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, ganhou na categoria notícia.
Na edição desta quarta-feira (28/09) o jornal foi encerrado de forma diferente da tradicional, com direito a troféu na bancada, um pouco da sensação de William Bonner ao receber o prêmio e, palavras dele, 'dedicação do prêmio à audiência maciça do povo brasileiro ao telejornal'.
Sem deixar de tirar os méritos pela conquista, mas falando mais especificamente da audiência e dos padrões do jornalismo, me volto para a questão título do post: a cobertura foi jornalismo, espetacularização do fato, ou as duas coisas juntas?
Voltando um pouquinho no tempo, exatamente em  1991, relembro da primeira guerra que se pode acompanhar  em 'real time': a Guerra do Golfo. Na época, uma inovação dos padrões jornalísticos, a população começou a acompanhar em tempo real toda a movimentação das tropas americanas em Bagdá. Foi nessa época também que houve a eclosão das  tv's a cabo, que teve início com a CNN. A TV Globo foi uma das primeiras no Brasil a  enviar correspondentes para trazer as informações mais atualizadas. O Jornal Nacional transmitia diariamente flashs da guerra.
Sem ser diferente da cobertura das quedas das torres gêmeas, do sequestro do ônibus 174, da guerra no Iraque, das quedas dos aviões da TAM, GOL e Air France, a tomada do Morro do Alemão tem um tom de guerra ao terror misturado ao longa Tropa de Elite, criando uma atmosfera (minha opnião) apelativa quanto ao tratamento com a notícia.
As palavras de Bonner me fizeram refletir quanto a esse padrão Globo de jornalismo. O gosto da audiência, que a meu ver, eles ditaram, foi 'acostumada' a receber as coberturas nesse tom. Daí pensar em como as coberturas jornalísticas mudaram em tão pouco tempo é pensar também na força que exercem sobre as pessoas, que certos momentos toma um tom novelesco ou nas palavras de José Arbex Jr, um 'Showrnalismo'.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Me Jane! E vc como fala?


Hoje me peguei pensando no quanto somos multi: cultural, social e linguístico. Olhe direitinho para cada estado e o sotaque de seu povo. Uma coisa é dita de forma diferente em cada região do país. Uma mistura que dá todo um tempero e singularidade que é difícil de se ver em outros povos.
O Nordeste em especial tem  variações linguísticas que às vezes beiram um realismo literário. Basta ter um dedinho de prosa com um nordestino para sentir e divagar com as expressões mais variadas possíveis:  desde um 'vôte' de espanto a uma 'mangação' da sua cara.
Nem preciso falar dos célebres escritores que descreveram nosso povo e disseminaram os novos verbetes mundo a fora.
Como vinha escrevendo no começo deste post, eu pensava sobre nossa mistura. Esses pensamentos começaram depois de assistir a uma matéria sobre termos genuinamente nordestinos. Até aí tudo bem, se não fosse a forma de trabalhar com o tema, como se fosse um dialeto impenetrável, que apenas com um tradutor do lado seria possível manter contato com uma pessoa do/no Nordeste.
Curiosamente, ou até já presumindo a justificativa, tenta-se impor um 'sotaque universal' dentro do Brasil, a fim de engolir os regionalismos, que dão a identidade a quem fala. Isso é dentro da comunicação, publicidade ou sociedade como um todo. 
Sou contra por vários motivos, principalmente por querer sufocar a identidade regional e por criar a sensação de que o nordestino (e todos os outros fora do eixo econômico ativo) não sabem falar, que a região parou no tempo e nunca será como o restante. 
Triste é saber que tão pouco se sabe do Brasil e que há inúmeras barreiras a se romper. A primeira delas começa pela fala. 
O título do post é mais uma brincadeira com toda essa discussão que transcende a fala e cai em outros campos sociais, políticos, econômicos.... Mas uma coisa é certa: vamos RE pensar como falamos, como os outros ouvem e pensam que somos e principalmente: se vamos nos manter iguais ou mudar a fala para se adequar ao modelo. #ficaadica

*Imagem do Google

domingo, 11 de setembro de 2011

Os vintages de ontem, hoje e amanhã


Elas foram sucesso e algumas delas chegaram a ocupar o posto mais alto em se tratando de preferências. O tempo, que acabou sendo o maior inimigo, trouxe as inovações, que tomaram seus lugares. Mas será que elas voltam?
Bom, deixando o mistério de lado, me refiro às redes sociais que acabam substituídas por outras. Na última semana, a notícia foi a superação do Orkut pelo Facebook aqui no Brasil. Os números que ainda não foram confirmados, revelam o que já era esperado: o Orkut seria 'esquecido' e a rede de Zuckerberg tomaria o gosto nacional.
Tomando como ponto de apoio uma pesquisa divulgada um tempo atrás pelo Ibope Nielsen e que foi post aqui no Além das Palavras sobre as redes sociais, posso dizer elas tomaram um espaço importante na vida dos internautas. Numa era onde tudo é aliado à informação, ganha quem puder ir mais longe, e o Facebook conseguiu fazer do Orkut um espaço de compartilhamento de fotos, propagandas e pouca informação, com foco direcionado ao entretenimento, não agregado à informação.
Uma pesquisa que realizei pelo Facebook me confirmou isso: os internautas ainda tem Orkut, Myspace, IMs e tantas outras, para manter contato com quem resiste em não aderir à 'onda' das novidades ou em alguns casos só por ter.
Mas como fuçar nas velharias é trazer à tona conteúdo com uma nova proposta, a esperança pode estar nessas redes retornarem pelas mãos dos hipsters e se tornarem vintages. Bom, quem são eles?
Os hipsters nada mais são aqueles que lançam moda, tendências, não sei se é muita ousadia também chamá-los de vanguardistas.
Bom, como a moda é sim cíclica e o que já esteve em alta pode voltar, quem sabe essa galera não as recuperam lá na frente. A imagem que usei para ilustrar o post é a perfeita descrição do que é ser vintage. Feita como um anúncio antigo, ela traz os nichos sociais que atualmente movimentam a rede, prevendo o tal movimento de virar ultrapassado. Em se tratando de conteúdos que são tão inovadores e ultrapassados em tão pouco tempo, nada impede também que o Twitter, Facebook, You Tube, Skype, Linkedin e etc também sejam substituídos, o que é até natural. Os conceitos estão sendo discutidos pelos blogs e sites especializados.  Agora é esperar e ver se a 'moda pega'!
*Imagem do Google

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que você ouve do Nordeste?


Sabe aquela sensação de indignação quando você ouve uma música e se questiona: por que  ninguém conhece essa banda? Pois bem, a dúvida se refere mais especificamente às bandas alternativas aqui do Nordeste.
Essa reverberação começou com algumas leituras que fiz sobre e acabou se fixando quando decidi pesquisar na internet sobre bandas nordestinas. Resultado: nada de proveitoso!
Na realidade constato que até mesmo na internet quando se fala de Nordeste o que se acha é falando algo sobre o pitoresco, o exótico, uma região coberta pelo tradicionalismo que beira um universo imaginário, bem diferente da nossa realidade.
Afirmo (sim, eu afirmo) que o Nordeste real, atual, nada tem a ver com a imagem de um lugar paradisíaco, onde só há frevo, carnaval e tantos outros clichês que o envolvem.
Em se tratando de música aí é que esse pensamento acaba deixado de lado. Digo isso pelo fato de uma enxurrada de bandas que contrapõe o 'estilo' nordestino que estão aí. Ah e sim, elas são ótimas! Desde Luiz Gonzaga, o percussor e um dos disseminadores do Nordeste Brasil afora, as coisas pelo menos no âmbito musical tem mudado e se moldado um bocado. Misturas entre ritmos musicais e itens culturais são um bom exemplo. 
Se bem que a maioria passa despercebido da cena nacional. Uma pena outras regiões não conhecerem tão a fundo as bandas regionais. Afinal de contas, ainda é mais comum do que se pensa ouvir uma pessoa dizer: "Nossa! No Nordeste se escuta rock? ou Caramba! Do Nordeste eu só conhecia o forró".
Discursos pré- conceituosos, firmados em uma construção imaginária de que aqui é lugar de pobre burro e flagelado e que 'lá' as coisas acontecem. Grande erro!
Poderia passar a noite aqui elencando bandas conceituadíssimas da região e que pouco são conhecidas: Wado, Mopho, A banda de Joseph Tourton, Voyeur, Xique Baratinho, Eddie, Malvados Azuis, Sonic Junior e tantas outras que figuram pelo cenário alternativo.
Uma dica: O post foi uma válvula de escape para uma questão que voltarei a tratar aqui em breve, mas recomendo buscar em blogs do gênero, sites ou 'se jogar na rede' atrás do que se anda produzindo aqui pelo Nordeste. Com toda certeza digo que irão achar coisas ótimas e reveladoras!


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para quê serve mesmo um celular?


Comprar um celular atualmente para a maioria é procurar pelas marcas e modelos que tenham o maior número de funções em um único aparelho. Pensando em trazer maior comodidade para uma sociedade cada vez mais conectada, as empresas pensam em aparelhos modernos com tecnologia de ponta. Os consumidores ávidos buscam em um smartphone, Iphone, Galaxi ter a possibilidade de tirar fotos, enviar emails, acessar a internet, redes sociais, baixar arquivos, ouvir música e também falar ao telefone.
Pois bem, esta semana os engenheiros da Nokia lançaram seu novo modelo talvez (Eu penso) se baseando na questão título desse post: Para quê serve um celular? Você que lê deve estar pensando que os novos celulares terão mais algum dispositivo, mas indo contra a maré e os concorrentes, o trunfo é ser básico. Isso mesmo, os novos modelos são feitos para falar!
De acordo com o site Olhar Digital, os aparelho Nokia 100 e 101 tem como função principal a fala! Digamos assim que é um Nokia 1100, o famoso lanterninha melhorado, com MP3 e capacidade para Dual Chip.
Dessa vez, a aposta é ser simples mas sem deixar de ser High Tech.
Video do Nokia 100
Vídeo do Nokia 101

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

22 de agosto. O que se comemora?


Dia 22 de agosto. Uma data que poucos sabem ao certo o que se comemora. Poderia ser menos esquecido se estivesse marcado de vermelho no calendário, sinalizando um feriado nacional. Mas como um dia já ouvi, dia do folclore é pra estudante (?).
Já no outro extremo estão os que sobrevivem das manifestações culturais e os que lutam para mantê-la viva. Estes na maioria dos casos lamentam que no dia destinado a comemoração só reste lamento por conta do desdém do poder público ou pela sociedade que pouco lembra que existem grupos folclóricos.
É vergonhoso saber da persistência e dedicação de muitos... poucos em prol da cultura popular.
O Brasil pulsa cultura, é o país que mais possui misturas de todos os tipos, porém essa grandiosidade contrasta com a desvalorização da maioria. Já cheguei ao ponto de ouvir uma pessoa dizer que os grupos folclóricos eram bonitinhos, mas ultrapassados, deviam ser esquecidos.
Aqui em Alagoas não faltam grupos tradicionais e estilizados, muitos são pedaços importantes da construção identitária, mas que acabam esquecidos.
Pela cidade nada lembra a data a não ser um ponto aqui outro ali montado pela prefeitura para alguns grupos se apresentarem. É a predominância do pensamento de que aquilo que não dá lucro não merece atenção.
Enfim, para aqueles que vivem dela (cultura), apoiam, pesquisam ou tem qualquer envolvimento dói saber que algo importante passa despercebido entre as pessoas.
*imagem do Google Images

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O que uma boa propaganda não faz: o novo (?) Capitão América


Um cara franzino que todo mundo tirava onda, que as mulheres não davam bola, mas que tinha o sonho de servir ao exército americano. Pela insistência conseguiu realizar seu sonho de ser militar e após uma 'ajudinha' consegue virar um homem que toda mulher deseja, que todo homem inveja e de quebra salva o mundo do mal.
Uma história louca, mas em suma é mais ou menos esse o enredo da versão em película do HQ Capitão América, um dos símbolos americanos modernos.
Sei que estou um pouco atrasada para comentar o filme que aqui em Maceió já está em cartaz a uma semana, mas só agora tive tempo de matar a curiosidade: se iria me decepcionar com mais uma produção divergente dos quadrinhos ou algo que me agradasse. Fiquei em cima do muro.
Pois bem, o símbolo do homem imbatível a tudo e a todos mais uma vez mostrou o poderio das produções americanas e tal. Mas o que me chamou a atenção foi a forma implicitamente usada para mostrar como se forma um ídolo. Merchandising em cima de um cara visto como um fracasso, mas depois de uma reformulação vira imbatível, mostrando ser possível seu sonho virar realidade, usando os famosos bordões 'Yes you can', e do célebre "I want you" do outro mito Tio Sam. A fórmula mágica bem conhecida por lá de exaltar sempre o cara forte em prol do país.
O filme em si segue a regra das grandes produções, muitos efeitos, um romance no meio e os americanos vencendo o que parece impossível.
Mas tudo isso começa é claro, com uma boa campanha de marketing. O segredo do imbatível é vender bem a ideia e instigar que você também pode ser assim se quiser.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O neuromarketing e os Pôneis malditos


Sabe aquela propaganda ou vídeo da internet que passa uma, duas e na terceira vez você já sabe cantar a musiquinha e durante o dia se pega cantarolando?
Isso aconteceu com boa parte dos internautas que perambulam pelos nichos sociais essa semana com a peça da Nissan e seus Pôneis malditos lálaláláááááá..
Bom, você pode pensar que é mais uma agência apelando, mas tudo isso vem de muita pesquisa e de estudos psicológicos através do Neuromarketing, que estuda quais sentimentos uma campanha publicitária pode causar nos consumidores. Os tais virais chicletes muitas vezes são fruto do neuromarketing, que para chegar aos resultados estuda as zonas cerebrais mais afetadas quando a pessoa é exposta ao conteúdo. Os aparelhos de ressonância magnética fazem esse trabalho, conseguindo traçar as atividades cerebrais, a formação de sinapses e reações.
Daí o videozinho dos cavalinhos rosa na verdade afetam positiva ou negativamente alguma área de seu cérebro. Apostando nisso, cada vez mais as agências se baseiam em estudos sérios para fazer seus virais e se valer do poder das redes sociais e outras mídias, pegando de cheio você. 
Bom, sem querer deixar ninguém pensativo que é manipulado por um cavalinho rosa, mas o que chama a atenção é a briga para conquistar o gosto comum. Ninguém brinca mais não. 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Dona que só deu filho bom


Sabe quando você por acaso 'tropeça' em uma música linda, que faz sua cabeça? Pois bem, esse é o caso quando ouvi Dona Zica e todos os ótimos resultados que tiveram origem nela.
Para falar a verdade, ainda não sei se  banda continua na ativa, mas deu ótimos frutos: Anelis Assumpção, filha do esplêndido Itamar Assumpção;
Andreia Dias, que tem uma sonoridade incrível, uma voz linda que dá um sentido ímpar nas composições;
Tulipa Ruiz, que fez parte por pouco tempo do grupo, mas em seu primeiro disco solo que classifico como perfeito mostra para que veio;
Gustavo Ruiz, irmão de Tulipa, violonista da melhor espécie, que já trabalhou com Itamar Assumpção e uma porrada de compositores.
Bom, por aí você já percebe o naipe e a qualidade da banda.
Eu ainda em estado de 'degustação' e só ouvi um dos cds, o Composição, gravado em 2004, mas já tive ótimas e singulares impressões.
Como aconteceu quando ouvi Anelis, Tulipa e Andreia sozinhas, a banda-mãe dessa galera é de uma qualidade sem igual. As letras, a exemplo de Jabá, tem aquela sacada, uma ironiazinha sutil, mas que faz todo o sentido.
Como já tinha adiantado em meus perfis nas redes sociais, recomendo os discos não só de Dona Zica, mas também de seus frutos.
Este é Composição, o primeiro contato.
Quem se interessar em baixar o outro disco e dos outros artistas que citei, 4shared, Rapidshared, euovo, blogspot.com e umquetenha.org são os locais!
Boas experiências galera!

domingo, 22 de maio de 2011

Ciclos: Fim e Recomeço


Ciclo, uma série de fenômenos sucessivos; parte de um fenômeno periódico que se efetua durante certo espaço de tempo; bom seja qual for a definição, estou encerrando mais um em minha vida.
Em algumas semanas me despeço da graduação, dos longos quatro anos que passei na Fits cursando jornalismo.
Anos legais, produtivos, onde fiz amigos maravilhosos que vou levar para a vida (poucos, mas fiz!). Aprendi muito se for analisar o todo. Ganho o título de jornalista, que a algum tempo exerço, antes com mais amor e dedicação do que nos últimos tempos, mas aprendi com as adversidades e acho que consegui tirar algum proveito disso.
Hoje revirando alguns arquivos do meu computador encontrei umas fotos que devem ter sido tiradas logo no início do curso. Caramba! Só assim para vermos o quanto a gente muda, fisicamente e principalmente no campo das ideias. O que eu pensava a quatro anos atrás pouca coisa ainda continua como meta. Só nostalgia...
A dúvida, falta de convencimento; suspeita; receio......Isso pode resumir bem o sentimento que eu sinto quando começo a pensar nesse futuro tão próximo me questionando: "Sim, e agora o que eu faço com isso"??
A única certeza é de que em breve mais um fenômeno periódico deve se iniciar. Ah, e eu espero por ele!!! E o que vai acontecer?? Só Deus sabe!!!!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Lixo e falta de saneamento: os vilões do abastecimento em Maceió

Por Vanessa Siqueira Estudante de Jornalismo - Com supervisão de prof. Esp. Marcus Toledo



Maceió está ameaçada de conviver nos próximos anos com sérios problemas de abastecimento e distribuição de água. O alerta é de Eduardo Lucena, professor doutor em engenharia hidráulica e saneamento da Universidade Federal de Alagoas. Segundo ele, o abastecimento na capital poderá ser agravado pela falta de uma estação de tratamento de água e esgoto, em conjunto com o lixo.

O engenheiro explica que, sem uma estação de tratamento de águas residuais que colete a água do esgoto e realize o tratamento para poder devolver ao rio ou mar, corre-se o risco de poluir suas fontes, e consequentemente, a população que a consome.

A questão levantada pelo Atlas do Abastecimento da Agência Nacional de Águas, divulgado no último dia 22, que prevê déficit no abastecimento de água em pelo menos 55% das cidades brasileiras, é analisada por Eduardo Lucena como um efeito dominó em Maceió.

Ele aponta que o problema no abastecimento está relacionado  à falta de estrutura de saneamento e tratamento de água, atrelada ao lixo e à falta de conscientização da população. Segundo o engenheiro, a tendência do abastecimento de água em Maceió é piorar, caso o governo não implante projetos de saneamento.

“Não podemos ter uma capital com potencial turístico como Maceió sem uma estação de tratamento de esgoto. A população cresce, o governo quer desenvolver a cidade e tudo isso depende de uma boa distribuição e qualidade de água. A poluição dos mananciais acaba contribuindo para a contaminação da população, criando mais um problema ao governo”, analisa.

Mas a preocupação do professor Eduardo Lucena não é compartilhada com a direção da Casal. O presidente da companhia, Álvaro Menezes, não acredita que os bairros da capital sejam prejudicados com a falta de abastecimento de água no futuro. “A Casal está trabalhando para que todos os bairros de Maceió sejam bem abastecidos, contando para isso com a gestão da oferta de água por meio dos projetos do rio Meirim e dos afluentes do rio dos Remédios, e também com a gestão da demanda, atuando fortemente para a redução de perdas”, aponta Álvaro.

Eduardo Lucena defende que um dos grandes desafios dos gestores municipais será levar saneamento a todas as partes da cidade. A casa de Maria Gedalva de Oliveira, moradora do bairro da Levada, em Maceió, até é abastecida, mas ela reclama da qualidade da água. Por isso, a dona-de-casa é obrigada a comprar mensalmente oito galões de água mineral - 160 litros - para consumo e uso na cozinha. “Moro aqui no bairro há 20 anos e há mais de oito venho nessa luta,  comprando água para beber porque a água que chega à torneira é ruim. Além de pagar a conta da Casal, ainda desembolso cerca de R$ 30 com água mineral. A qualidade não melhora e a água no mundo está sendo poluída e acabando”, desabafa.

Já na parte alta da cidade, muitos bairros ainda possuem ruas sem o mínimo de saneamento, nem abastecimento por parte da Casal. Os moradores amenizam a situação com a construção de fossas sépticas individuais, que apresentam pouca eficácia e contribuem para a contaminação dos lençóis freáticos.

Moradora de um dos conjuntos do Tabuleiro do Martins – e sem abastecimento de água da Casal – , Maria Sandra de Lima construiu um poço artesiano no quintal de sua residência. O poço tem 25 metros de profundidade, e foi construído há cerca de 20 anos, logo no início da formação do conjunto.

O grande problema, segundo avaliação do engenheiro, é o número de fossas das outras residências próximas ao reservatório, que pode comprometer a qualidade da água, provocando em alguns moradores doenças relacionadas à contaminação da água. “Na parte alta da capital, além de não ter saneamento, os poços ficam muito próximos às fossas que recebem o esgoto das casas. Isso acaba contaminando a água com microorganismos, podendo gerar várias doenças nas pessoas que consomem a água”, analisa Eduardo.

Maria Sandra diz que a água já passou por análise há alguns anos, e foi constatado que o nível de impurezas estava dentro do normal. “Antes eu fornecia água para os vizinhos, mas agora fizeram um poço que abastece o bairro. Infelizmente sei que a água fica comprometida com esse monte de fossas próximas. Quando chove tem muita gente que fica doente, porque as ruas são de areia e o lixo e os esgotos entram em contato com os poços. Mas nós vamos fazer o que? Temos que correr riscos”, denuncia.

A Casal afirma que todos os mananciais utilizados pela companhia estão em boas condições, além de acreditar que a ampliação e construção de um novo manancial vá atender a demanda da cidade.

Lixo e falta de conscientização 

Sem um plano de coleta de lixo seletivo e contando com apenas um aterro sanitário, Maceió ainda tem a difícil missão de coletar as 1.400 toneladas de lixo, entre doméstico, esgoto e de construção, produzidas diariamente. Cada habitante produz em média 800 gramas de lixo por dia. Boa parte desses resíduos, como aponta  Eduardo Lucena, não é tratado e acaba entrando e contato com os sistemas de abastecimento de água.

“Parte desse lixo que entra em contato com as redes de  abastecimento é resultado da falta de consciência da população, que joga lixo em córregos, canais, rios, que inevitavelmente vão entrar em contato com as redes que abastecem a população. A população deve ficar atenta aos cuidados que se deve ter com a água, que anda tão escassa”, disse.

Para evitar transtornos o engenheiro avalia que, a curto prazo, o governo municipal terá que realizar obras voltadas para o saneamento, além de realizar a conscientização da população sobre os riscos da poluição da água.

“Maceió está crescendo e a população acompanha esse crescimento. Se não começar a se pensar em políticas públicas de saneamento e tratamento de lixo e resíduos, a previsão para Maceió não é nada animadora. A população tem uma enorme parcela de culpa sobre os transtornos com água da atualidade e deve ter consciência que o papelzinho que se joga na rua, o lixo jogado num riacho, vai acabar interferindo no meio ambiente, futuramente trazendo sérias conseqüências ao homem”, alerta.

sábado, 19 de março de 2011

I'm American, believe!

Este final de semana a política mundial contempla um encontro um tanto quanto inusitado entre o primeiro presidente negro dos Estados Unidos e a primeira presidente mulher do Brasil.
A vinda de Obama às terras tupiniquins gerou um grande rebuliço em todos os cantos, até na nossa querida província Alagoas, que esperava um 'Yes' confirmando a visita de Obama à Serra da Barriga, local que por um século foi o maior foco de resistência negra do Brasil colonial.
Entretanto o discurso direto,  frio e objetivo, típico de um chefe de estado americano, frustrou a expectativa de  boa parte dos brasileiros que acompanhavam os detalhes pela tv.
Não sei, mas tive a impressão que esperavam um Obama 'Friendly', que quebrasse protocolos e caísse na roda de samba, falasse que gostava de futebol, samba e Rio de Janeiro. Certo que ele acabou se rendendo aos encantos do povo brasileiro, mas uma coisa bem contida, longe das cenas de Bill Clinton e do príncipe Charles.
E acabaram vendo um presidente sorridente mas contido, que mostrou para que veio, os interesses no Brasil e indiretamente deixou escapar um "Hi, I'm Barack Obama and I'm American".

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Falou demais sobre a mesma coisa no Twitter? Saiba como bloquear


Fuçando na internet, achei um aplicativo que vai agradar muitos que usam o Twitter e detestam ver aquele monte de nomes relacionados a um evento na sua timeline.
Pois bem, como no Messenger, agora no Twitter você pode filtrar o que você realmente quer ver lá.. O aplicativo é o Tweetfilter. Ele é um script que funciona em conjunto com os navegadores Internet Explorer, Chrome, Firefox e Opera e o internauta seleciona as palavras chave que não quer ver na time line. O melhor é que não há número fixo de palavras que podem ser eliminadas.
Bom abaixo segue o link pra quem quiser instalar o aplicativo e se ver livre das chatices no Twitter!
http://tweetfilter.netne.net/

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Recife: O carnaval chegando hora de aquecer os tamborins


É só passar a nostalgia do Natal e a expectativa do Ano Novo, que já começamos a escutar pelas ruas da cidade as marchinhas de carnaval, anunciando que a folia de Momo está próxima. 
Infelismente Maceió não possui uma cena forte no carnaval e ficou caracterizado pela calmaria nos quatro dias de folia. Destino preferido daqueles que não gostam da folia.
Mas em vez de se contentar com os poucos blocos que animam a prévia da festa em Maceió, trago para vocês uma lista com as prévias de Recife, que conseguiu agradar a todos os gostos. 
A folia por lá começa já começou e só termina dia 12 de março. A  fonte é a revista Click Rec (que recomendo dar uma olhada).
Vejam, botem a fantasia, arrumem as malas e caiam no frevo!

05/12 - I Baile de Máscaras Brega Naite
11/02 - Baile do Imprensa Que Entra
A terceira edição do baile de carnaval Imprensa Que Entra, que reúne os profissionais de comunicação de Pernambuco (jornalistas, radialistas, publicitários), traz para o bar Catamarã, no dia 11 de janeiro, toda a trupe irreverente do Quanta Ladeira. Além dos músicos Lula Queiroga, Nena Queiroga, Zé da Flauta, Lucky Luciano, Wilson Farias e Aloísio Maluf, participam ainda da festa Almir Rouche e Patusco.
12/02 – Me Beija que Eu Sou Cineasta
O bloco carioca Me Beija que Eu Sou Cineasta, criado pelo pernambucano Lírio Ferreira, sai todas as Quartas de Cinzas no Rio de Janeiro,e aporta pela primeira vez em terras recifenses. A prévia acontece no dia 12 de fevereiro com o cantor Otto e os DJs Baiano e Catarina Dee Jah. O local ainda não está confirmado.
16/02 – Bal Masqué
No 63° ano, o mais antigo baile de máscara do país, o Bal Masqué, vem com o tema ‘Paris, Cidade Luz’. Em 2011 o baile resolveu apostar em novas estratégias para atrair o público jovem. Foram confirmadas as atrações: Margareth Menezes, Jammil, Orquestra Universal e Patusco. O evento acontece no próximo dia 16 de fevereiro, no Clube Internacional do Recife.
18/02 – Baile dos Artistas
Com o tema ‘O Carnaval de todas as tribos’, a 33ª edição do Baile dos Artistas traz o Grupo É o Tchan como atração principal da noite. A tradicional festança acontece no dia 18 de fevereiro, no Clube Português.
18/02 – Guaiamum Treloso
Um dos blocos mais antigos da Zona Norte do Recife, o Guaiamum Treloso, já tem data marcada. No próximo dia 18 de fevereiro, no Poço da Panela, sobem ao palco o cantor Nando Reis e o pernambucano Otto, além da Orquestra Maestro Oséas e a banda Mamelungos, que lança o primeiro álbum.
18/02 – Bloco Fura Olho
Uma das prévias carnavalescas mais badaladas de Recife, o Bloco Fura Olho, será realizada no dia 18 de fevereiro, no bairro de Casa Forte. Até agora, foram confirmadas as bancas Faringes da Paixão e Patusco, que farão o arrastão no meio da rua. A festa pode contar ainda com o show do baiano André Lellis.
19/02 – Bloco de Bar em Bar
Comemorando cinco anos de fundação, o Bloco de Bar em Bar traz os cantores Alexande Peixe e Netinho direto de Salvador para animar a folia. Além dos baianos, participam da festa as bandas Só na Marosidade e Faringes da Paixão, além de Frevioca e da Escola de Samba Preto Velho. O bloco é uma parceria dos bares Fiteiro e Oitão e vai às ruas no dia 19 de fevereiro.
20/02 – Bloco Tô Comendo Nada
25/02 – Baile do Siri na Lata
O bloco Siri na Lata já definiu o tema de seu baile de Carnaval, programado para o dia 25 de fevereiro: ‘E o Mundo Vai Se Acabar’, numa antecipação ao que seria o fim dos tempos em 2012. Até agora, as atrações fechadas são o Maestro Spok, Almir Rouche, Claudionor Germano, Nena Queiroga e China.
25/02 – Carvalheira fantasy
Um dos eventos de maior sucesso entre a juventude pernambucana, o Carvalheira Fantasy, tem data marcada para o dia 25 de fevereiro, na Cachaçaria Carvalheira. Até o momento, a única atração confirmada é a banda Santa Clara.
26/02 – Enquanto Isso na Sala da Justiça
26 de fevereiro é o dia do mais irreverente bloco carnavalesco do Estado: o Enquanto Isso na Sala da Justiça. Sobem ao palco do Centro de Convenções o grupo carioca Monobloco, a banda Loucomotivos (projeto paralelo de Marcelo Falcão, vocalista da banda O Rappa), os pernambucanos da Academia da Berlinda e a Orquestra do Homem da Meia-Noite.
26/02 – Baile Municipal do Recife
26/02 – Bloco Acorda pra Tomar Gagau
26/02 – Bloco Chocalho do Neno
27/02 – Olinda Beer
A 14ª edição da maior Prévia carnavalesca do Planeta, o Olinda Beer, está marcada para o dia 27 de fevereiro, na área externa do Centro de Convenções. Será montada uma super estrutura com três palcos e dois trios elétricos para receber as seguintes atrações: Aviões do Forró, Timbalada, ExaltaSamba, Chiclete com Banana, Claudia Leitte, Parangolé, Harmonia do Samba e Marreta You Planeta.
27/02 – Bloco da Gia
29/02 – Bailinho Vermelho e Amarelo
Em 2011 a versão mirim do bloco Eu Acho é Pouco, o Eu Acho é Pouquinho, vai ganhar prévia. O Bailinho Vermelho e Amarelo será realizado no dia 29 de fevereiro, no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, e terá atrações musicais e teatrinho para a criançada.
12/03 – Bloco Não Acredito Que Te Beijei