quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O txá txá txá vindo do Pará - Carnaval

Ah o carnaval. Quem gosta da festa está aos suspiros uma hora destas pensando no que fez, no que viu e na instiga de começar a programar já o do ano que vem, caso o mundo não acabe em dezembro.
Recife sempre é uma surpresa envolvente durante os dias de folia. Desta vez acabei me dedicando mais aos shows que aconteceram no festival Rec Beat. Muita mistura e propostas musicais muito inovadoras.
Pelo menos em dois dias do festival se falou muito sobre os sons produzidos no Pará e a tendência de dominarem esta década brasileira.
Quem gosta de ficar por dentro do que acontece de novo nas regiões periféricas do país, não vai achar novidade eu falar sobre as misturas musicais da região Norte. Há um tempo venho conhecendo bandas locais e me deparando com uma sonoridade que lembra muito um resgate às verdadeiras raízes da formação brasileira. O resultado disso é Ska misturado com carimbó, lambada com brega, rumba com afrobeat, technobrega com eletrohouse e tudo mais que der para trabalhar na criatividade.
Quem esteve no Rec Beat e conferiu Gang do Eletro e Dona Onete, presenciou duas fases da musica paraense que nem sempre caminham de forma harmoniosa, porém são muito intensas.
Há ainda outros nomes que prometem levar o Pará e toda a região Norte muito além das barreiras que impedem que a realidade musical do Brasil seja conhecida.
Vale navegar por aí e ver um Norte brasileiro além da banda Calypso e do Boi Tatá. É uma vertente nacional que vai lhe dizer muito sobre o [des]conhecimento nacional.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A noite do confete e serpentina

E aí que o carnaval bate latas na nossa porta. Já reparou que a maioria dos seus amigos só fala nisso nas redes sociais? Se você também estava guardando grana esperando a folia chegar, correu desesperadamente atrás de uma vaga numa casa em um dos focos badalados e está louco fazendo e refazendo sua programação dos dias de festa, digo que está no mesmo barco que eu.
Eu dei o pontapé na farra [literalmente] me deixando levar por um dos vários blocos que saiu pelas ruas do bairro do Jaraguá nessa sexta-feira. Quanta gente! Quanta folia!
Este ano decidi trocar o pinto da madrugada por uma noite no Jaraguá, pensando exatamente em poupar fôlego para a  semana seguinte em Recife.
Confesso nunca ter visto o Jaraguá tão bonito como ontem. Os blocos passavam pela rua Sá e Albuquerque tocando marchinhas e embalando pierrôs, colombinas, seres mitológicos e uma porrada de super herói que se misturavam às cores da noite.
Na folia eram filhinhos da mamãe que se misturavam aos que vinham de uma esquina lá do Prado, foliões de hospitais, do comércio, aqueles que já foram bom nisso e os que preferiam o escurinho da folia. Nem os filhos da pauta ficaram de fora.
Mesmo não indo acompanhar hoje o pinto mais folião que já conheci, era inevitável não reparar no movimento colorido e nas 'moçoilas' que enchiam os ônibus que iam para a Ponta Verde hoje. É muito engraçado e interessante ver a empolgação dos marmanjos em botar um salto alto e uma mini saia pra desfilar no asfalto (vale frisar que sem culpa e medo nenhum das piadinhas).
Infelizmente em Maceió o carnaval é curto e a festa agora fica por conta dos bloquinhos e trios pelas praias do interior.
Eu? Bom, vou me dedicar a listar o que levar, tirar a poeira do colchonete e fazer a contagem regressiva para viajar pra Recife pra subir e descer ladeira, correr atrás de um galo e me encher de felicidade.