domingo, 19 de agosto de 2012

Eu perigueto. Tu, periguete

Poderia até ser enquadrado em uma classe verbal, tamanha é sua aplicação,  ou quem sabe um novo adjetivo no dicionário. Começou com um estilo musical, depois influenciou na roupa e agora está transformando as formas de tratamento e perfurando as barreiras entre as classes sociais.
Estou me referindo às piriguetes. Sim, aquelas moças que geralmente são caracterizadas por se vestirem com roupas curtas, modelos extravagantes e que gostam de sensualizar por aí.
O fato é que piriguete sempre existiu e existirá por todo o sempre. Sem querer criar mais um estereótipo, repare que as piriguetes, empreguetes, peruas, socialites e afins tem uma coisa que as aproxima: a afirmação como mulher.
Sim, são muito femininas e engana-se quem acha que piriguete é sinônimo de suburbana. Pelo contrário.
Vale frisar que não estou dizendo que isso é uma condição geral, apenas fiz um paralelo entre algumas, moças de cada classe. O que também não quer dizer que um moça que pertença a uma classe social, digamos... mais favorecida, não possa ou não queira ser piriguete.
Sem preconceitos, digo que 'periguetar' é bom. É um exercício de auto-estima. Não quer dizer que o lance só vai funcionar caso haja a mudança de estilo (musical, vestimenta, comportamental), mas sim o de se reconhecer como uma pessoa que pode exercer poder de atração e se sentir valorizada. Tá aí a grande sacada das piriguetes: se auto afirmar, coisa que pouca gente consegue.
Pois bem. Se o desafio é se auto afirmar, tomemos como exemplo as piriguetes. Deixemos medos de lado, confrontemos aquilo que nos desafia e afirmem-se como o que querem ser. Seja piriguete ou não.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A tecnologia que sobe ao pódio

Passados os quinze dias das Olimpíadas, a descrença do governo no potencial do atleta brasileiro, as inacreditáveis medalhas perdidas, a imagem que vai ficar gravada dessa edição londrina dos jogos  é a da tecnologia subindo ao pódio.
Sim, equipes inteiras se revezavam para tirar a foto do colega recebendo a medalha, de algum momento marcante do jogo, das cerimônias de abertura e encerramento.
E eles estavam lá: Ipads, Iphones, smartphones, câmeras digitais registrando e disputando espaço com as medalhas e atletas.
Quem não reparou nas meninas do vôlei brasileiro fazendo festa ao subir no pódio e pose para as fotos dos celulares espertos?
Mas a tecnologia também mostrou que usá-la num momento errado traz consequências desastrosas.
Teve atleta expulsa por tuitar mensagem racista, proibição do Comitê Olímpico da plateia tuitar durante provas ao ar livre.....
Sem falar nos colegas da imprensa que tentaram sair na frente pré-formatando os textos dos jogos e se dando bem mal. O pior deles, na minha opinião foi a matéria de um site que publicou matéria sobre a vitória brasileira no vôlei masculino em cima da Rússia, consagrando-se tri-campeão olímpico. Oi?
Polêmicas à parte, o fato é que Londres fez sua festa, muito bonita por sinal, e passou a bola para o Brasil. 2016 o caldo ferve por aqui!
*A foto que ilustra o post é do UOL.